quarta-feira, 14 de março de 2007

Como Fazer Jornalismo

Giovanni Meireles

Na coluna de hoje, o jornalista comenta sobre o lucro da PBGás, enquanto que a CAGEPA e a CEHAP amargaram prejuízos. O jornalista, não precisava ter feito esse comentário, mas acredito que ele foi zeloso, como deve ser todo profissional, mostrando aos leitores os pontos positivos e os negativos. Embora, no caso em questão, tanto a CAGEPA como a CEHAP, são entidades que têm compromissos sociais, acima de tudo. Seus produtos: água, esgoto e moradia interferem diretamente no bem-estar da população, já o gás, é utilizado pela indústria e peos automóveis. Portanto, diretamente beneficia parte da população. Essa é a diferença da política administrativa entre as empresas citadas. Mas, o que vale ressaltar é a postura do jornalista ao comentar a matéria. Diferente de muitos.

O mesmo ocorre com outros comentários, como: As adesões do PP ao prefeito da capital e viaturas adesivadas. Limita-se o jornalista apenas comentar, sem veneno ou maldade, os fatos.

José Euflávio

O jornalista ao comentar sobre as demissões dos agentes de saúde faz certa ironia ao dizer que em 2004 a conversa era outra (por parte do prefeito). Corroborando com o jornalista, digo que:
a) O prefeito andava de braço-dado com os camelôs nas passeatas, quando estes eram perseguidos pelo prefeito anterior e
b) O prefeito quando era deputado rejeitou as contas de Maranhão, foi um ferrenho oposicionista. Hoje, largou o braço dos camelôs para trocar carícias com Maranhão.
Como podemos notar, fica a máxima: “esqueçam tudo que eu disse”.

O prefeito tem um projeto para tornar a capital mais verde. Muito louvável e devemos apoiar este projeto. Mas recordando as campanhas que o atual prefeito fez no passado, como o rodízio dos postos de gasolina, no combate ao cartel, e o uso das fachas de pedestres, em que ambas as campanhas só tiveram o “arranque” e não houve a continuação necessária para se obter os resultados, fico imaginando se esse projeto tiver a mesma condução dos anteriores. Um monte de folhas secas prontas para incendiar a capital.

Gisa Veiga

Seu comentário sobre a ida da Secretária de Saúde do Município ir ou não à Câmara, também, é bastante ético. Vejamos algumas passagens: “...Roseana tem seus motivos para temer ficar cara a cara com os vereadores. Ela sabe que será impiedosamente bombardeada pela oposição, especialmente por Aníbal, que nunca fez questão de esconder que é seu desafeto. Não será uma situação confortável e, portanto, evitar o confronto e uma exposição arriscada seria menos traumático”. Outra: “Seria, mas na realidade não é bem assim. Tanto que, por conta de suas escapadelas, Roseana – que, diga-se de passagem, não tem manchas em seu currículo - está sendo alvo de um processo administrativo aberto junto ao Tribunal de Contas do Estado e isso poderá redundar numa acusação de improbidade administrativa”. E mais: “Se a secretária de Saúde decidir ir à Câmara, no mínimo vai demonstrar destemor em relação à artilharia da oposição e, com certeza, também estará acompanhada um poderoso arsenal para a contra-ofensiva. Será mais um ponto a seu favor. Que ninguém se engane: se há metralhadoras do lado da oposição, há canhões do lado da prefeitura”. Como podemos observar a jornalista faz seu comentário se posicionando como observadora limitando-se aos fatos, sem dar sua opinião. Como todo jornalista ético e compromissado com a profissão deveria fazer.

Helder Moura

Sobre o comando do PMDB na capital, e vejam só este comentário a respeito do grupo que não aceita imposição de dona Wilma: “A outra facção, obviamente, está de olho mesmo é em deter poder de decisão na hora de indicar o vice do prefeito Ricardo Coutinho. Ou seja, vive a perspectiva de assumir a prefeitura, em 2010, na eventualidade de Ricardo se licenciar para disputar o Governo do Estado”.

Rubens Nóbrega

Lá vem ele novamente falando da reforma administrativa, e vejam os comentários:
a) “Por que, em vez de penalizar ainda mais quem realmente trabalha e faz alguma coisa pelo Estado, este governo não corta viagens, diárias, passagens aéreas, celulares, restaurantes caros, carros locados e gasolina em banda de lata que a pobre da Viúva, surda e muda, paga sem direito a reclamar?”; Jornalista, cortar estes gastos que o senhor menciona, não é e nunca foi preciso uma Lei para ser aprovada. É política administrativa. O governo reduziu em 30% o custeio com relação ao ano anterior, só essa medida já corta os gastos mencionados acima. Se atualize.
b) “Nenhuma dessas possibilidades de “enxugamento” e “modernização” está contemplada na “reforma” que o modernoso governo Cunha Lima III aprovou semana passada na Assembléia na base do vapt-vupt, com a cumplicidade de dois deputados que ainda batem ponto na bancada de oposição. Não esperava nem espero coisa diferente de um governo que lançou a Paraíba no lamentável Estado vegetativo em que vivemos e do qual só temos chance de sair, pelo visto, se a Justiça reconhecer a procedência dos escândalos eleitorais denunciados em 2006 e colocar ponto final nessa agonia”. Quem está agoniado, alem dos senhores e Maranhão?
c) Ele publica um texto de Edson Pessoa de Carvalho, para quem não o conhece, Edson é irmão de Élson que chefiou a Defensoria Pública e é pessoa da estrema confiança de Maranhão. Precisa dizer mais? Mas, vamos ao texto: “É bom frisar minha desaprovação a esse tipo de instrumento, pois além de não existir critério justo e sensato para a concessão dessas gratificações, também não deverá ter lastro financeiro para a vitaliciedade que as incorporações oneram o orçamento e previdência pública”, ressalva. “Além do mais, como eu posso agregar definitivamente ao salário de um servidor público a gratificação que ele contribuiu por apenas oito ou pouco mais anos de serviço? Por que não se é mais sensato e racional transformar essa incorporação em proporcionalidades relativas ao tempo e ao valor da contribuição do servidor?”, sugere. Quanto ao lastro, o governo concorda e foi pensando neste “lastro” que surgiu a necessidade premente desta reforma. Saliento que essas incorporações aconteceram no governo Maranhão que nada fez para concertar o rumo dos gastos que estão indo de encontro à “parede da inadimplência”. Cássio, em 30 de dezembro de 2003, acabou com essas incorporações que o jornalista chama de direito. Essa farra era paga indiretamente pelos contribuintes , através da pobre viúva cega, surda e muda.